
A IBM fez uma grande atuação no seu modelo de atuação no Brasil, enxugando os times locais focados nas regiões Sul, Norte e Nordeste.
Segundo a reportagem do Baguete pode averiguar com fontes próximas, foram cortadas as posições na área de vendas.
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Permanece um time de serviços focado nos contratos ativos. As vendas devem ser feitas agora pelo time na sede, em São Paulo, ou através dos parceiros da IBM nas regiões.
A reportagem do Baguete procurou a IBM. Por meio da sua assessoria de imprensa, a multinacional emitiu uma nota que não desmente nem confirma as informações, ou mesmo diz muita coisa:
“A IBM avalia frequentemente seu real estate para atender as necessidades de nossos funcionários e clientes, e nossa força de vendas está presente em várias cidades do Brasil”, diz o texto na sua íntegra.
A IBM é um pouco mais opaca do que a média das grandes empresas de tecnologia sobre suas operações no Brasil, com complicação de um organograma complexo, dentro dos quais os executivos se mexem internamente com frequência.
O site da empresa, por exemplo, não traz os telefones de contato das diferentes filiais no Brasil, apenas a central na já mítica sede da Rua Tutóia, em São Paulo.
Seja como for, o movimento pendular entre presença direta e atuação por parceiros, sempre no ritmo das projeções de crescimento de mercado, é natural em grandes empresas, ainda mais entre aquelas com décadas de atuação no Brasil como a IBM.
As empresas falam mais quando estão ampliando as operações. Em 2010, por exemplo, a IBM convocou jornalistas de todo o país para o seu centro em Hortolândia, no interior de São Paulo, para anunciar a ampliação da sua presença direta para 20 cidades brasileiras, como parte de uma estratégia para ampliar a relevância das vendas fora do eixo Rio-São Paulo.
De maneira típica, a IBM não divulgou na época a lista completa das cidades, mas ela incluía um reforço da presença em capitais como Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Belém e Vitória, e a estreia em cidades pólo como Ribeirão Preto, Uberlândia e Caxias do Sul.
Os novos destinos foram escolhidos pelo potencial de compra de TI do mercado na época. Mas era outro mercado e também outra IBM.
Nos anos seguintes ao anúncio de Hortolândia, a IBM começou um grande reposicionamento mundial, colocando maior ênfase em tecnologias em alta como cloud, inteligência artificial, segurança, blockchain e computação quântica, no lugar de hardware e serviços, nos quais as possibilidades de lucros são menores.
Essa transição, que ainda está em curso e chegou a impor à IBM 22 trimestres consecutivos de queda na receita, levou a uma reorganização no Brasil em 2017.
Na época, foi criada no país uma unidade de negócios especialmente focada nos chamados “imperativos estratégicos”.
Mais recentemente, a IBM iniciou um novo movimento mundial, com a criação da NewCo, spin off do negócio de gerenciamento de infraestrutura da gigante de tecnologia.
A nova NewCo trabalhará com desenvolvimento de projetos, ao gerenciamento e à modernização da infraestrutura dos clientes, tendo mais liberdade para trabalhar com outros provedores de nuvem, além da IBM.