Destaque
Hortolândia combate o Aedes aegypti e enfrenta as arboviroses
31 de janeiro de 2024
Combate ao Aedes aegypti
Hortolândia está investindo pesado em ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e no enfrentamento às arboviroses, doenças causadas pelo inseto, como Dengue, Chikungunya e Zika.
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Para fortalecer o trabalho de visita domiciliar no município, a Secretaria de Saúde contratou 27 novos agentes para a UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses). Eles foram contratados através de um concurso público realizado pela Prefeitura[^1^]. [1]: http://www.prefeituradehortolandia.com.br/ ‘Prefeitura de Hortolândia’
Esta semana, a ação retorna às regiões do Jardim Boa Esperança e Jardim Amanda.
Ações de campo
Nesse trabalho, os agentes visitam propriedades para realizar busca ativa e eliminação de possíveis criadouros do Aedes aegypti. O objetivo é exterminar o mosquito ainda na fase larval. Se forem encontradas larvas, os agentes recolhem algumas delas para identificação em laboratório. Segundo a UVZ, 80% dos focos de criadouros do inseto estão nas residências.
ADL
A ação de visita domiciliar foi suspensa para que a organização pudesse realizar a ADL (Análise de Densidade Larvária). A análise foi concluída na semana passada. O resultado foi que a cidade registrou o Índice de Breteau de 7,2, considerado alto.
A ADL consiste na contagem de larvas de Aedes aegypti encontradas em imóveis da cidade. A contagem é feita através das visitas que os agentes da UVZ fazem às casas dos moradores. A ADL é importante para que o município possa reforçar ações já realizadas e/ou definir estratégias mais efetivas de combate ao mosquito.
Visita domiciliar
Durante as visitas, os agentes entram nas casas para investigar locais onde há larvas do mosquito e eliminar as mesmas e os criadouros onde foram encontradas. Segundo a UVZ, a ADL é realizada por amostragem. Em média, são visitados dez imóveis por quarteirão. A definição dos quarteirões a serem percorridos é feita por sorteio. Para a ADL, a organização visitou 3.000 imóveis em todas as regiões da cidade.
Nas visitas, os agentes recolhem algumas das larvas encontradas para serem identificadas e contabilizadas. A quantidade de larvas medida gera o chamado Índice de Breteau. O índice é dividido em três escalas: de 0 a 1 é considerado baixo, de 1 a 4, médio, e acima de 4, alto. A ADL é realizada três vezes ao ano: em janeiro, julho e outubro. De acordo com a UVZ, a ADL registrada em outubro de 2023 foi 5,3, considerada alta. Já em janeiro de 2023, a ADL medida na cidade foi de 6,4, também considerada alta.
Palavra do gerente da UVZ
O gerente da UVZ, Ibraim Almeida, ressalta que a ADL confirmou a expectativa da cidade de registrar um índice alto no verão, pois nessa estação o calor é maior, condição que favorece a reprodução mais rápida do Aedes aegypti. “Além disso, tivemos uma grande quantidade de chuva no período, fator que também contribuiu para que o índice medido fosse alto”, argumenta o gerente.
Permitir a entrada
Devido ao alto índice registrado, o gerente Ibraim Almeida reforça para a população a importância de redobrar os cuidados para evitar o acúmulo de água parada nos quintais e nas áreas externas de suas casas. É na água parada que a fêmea do Aedes aegypti deposita os ovos que darão origem a mais mosquitos.
“Outra orientação que reforçamos é que os moradores permitam a entrada dos agentes da UVZ em suas residências durante a ação de visita domiciliar. Na ação eles fazem a busca ativa e a eliminação dos criadouros do mosquito”, ressalta o gerente da organização.
Dados epidemiológicos
Segundo a UVZ, o município registra este ano 161 casos notificados de Dengue, dos quais cinco são positivos e nenhum óbito. Já de Chikungunya, a cidade registra este ano seis casos notificados que estão em investigação. Até o momento, o município não registra este ano nenhum caso notificado de Zika.
Capacitação
Além das ações de combate ao Aedes aegypti, o município investe na capacitação contínua das equipes de saúde para atuar no enfrentamento às arboviroses. A Prefeitura promove uma capacitação sobre o tema para os profissionais da rede de urgência do Hospital Municipal Mario Covas, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A atividade será realizada em parceria com a OS (Organização Social) BHCL (Beneficência Hospitalar Cesario Lange) nesta quinta e sexta-feira (31/01 e 01/02).
A capacitação abordará os cuidados médicos e de enfermagem que as equipes devem ter ao atender pacientes com suspeita de arboviroses. Esses cuidados são preconizados no Plano de Contigência das Arboviroses Urbanas elaborado pela Secretaria de Saúde.
Outro tema importante que será abordado na capacitação é o sorotipo 3 da Dengue. “Esse sorotipo voltou recentemente. Ele estava desaparecido no país há 15 anos. Já foram registrados casos positivos desse sorotipo na cidade de São Paulo e num município do interior do estado. O sorotipo 3 é grave, e se não for tratado pode evoluir para a Dengue hemorrágica, que pode levar a óbito”, alerta a enfermeira do hospital municipal, Giovana Camilo, que ministrará a capacitação junto com a infectologista do hospital Caroline Martins.
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